Segurança infantil
Como proteger os seus filhos
Garantir a segurança das crianças deve ser uma preocupação constante. É essencial transmitir-lhes, desde tenra idade, práticas que promovam a sua proteção. Embora a responsabilidade pela segurança infantil recaia sobre os adultos, é fundamental que pais e educadores instruam os mais novos sobre como agir de forma segura, mesmo no ambiente doméstico.
O lar pode esconder diversos riscos que comprometem o bem-estar dos mais pequenos — e esses perigos tornam-se mais evidentes quando as crianças permanecem sozinhas, seja por breves instantes ou durante períodos mais prolongados. Para reduzir a probabilidade de acidentes ou situações indesejadas, é aconselhável ensinar-lhes algumas normas básicas que podem fazer toda a diferença, não apenas para a sua própria segurança, mas também para a dos restantes membros da família.
Cinco orientações essenciais para quando a criança estiver sozinha em casa
1. Chamadas telefónicas: idealmente, a criança não deverá atender o telefone. No entanto, se o fizer, é crucial que nunca revele estar sozinha nem partilhe nenhuma informação que ponha em causa a sua segurança. Caso o contacto seja dirigido a um dos pais, deve ser instruída a responder que essa pessoa não está disponível e sugerir que liguem mais tarde. Se tiver telemóvel, poderá combinar com ela que será esse o canal de comunicação preferencial, evitando assim que tenha de atender o telefone fixo.
2. Utilização da Internet: a navegação online exige especial vigilância. É essencial ensinar os mais novos a utilizar a Internet com responsabilidade e atenção, promovendo hábitos seguros desde cedo. No entanto, o acesso a redes sociais deve ser reservado para idades mais adequadas, evitando que crianças façam uso dessas plataformas sem acompanhamento. A supervisão por parte dos pais ou responsáveis é indispensável ao permitir orientar comportamentos e prevenir situações de risco. A navegação online pode ser uma ferramenta útil e educativa, mas só quando usada com discernimento e sob vigilância adequada. Para mais detalhes, consulte os nossos conselhos sobre segurança digital.
3. Não abrir a porta a desconhecidos: uma das regras mais fundamentais — e ainda hoje das mais relevantes — é nunca permitir a entrada de estranhos. Se alguém tocar à campainha, mesmo que já esteja no edifício, a criança deve ser orientada a não responder. Caso o contacto seja feito através do intercomunicador e não seja possível identificar quem está do outro lado, deve limitar-se a dizer que não está interessada. Se o sistema tiver imagem, poderá visualizar quem é e optar por não abrir a porta.
4. Saber trancar e destrancar a porta: abrir a porta pode parecer simples, mas algumas fechaduras são mais complexas e nem todas as crianças sabem manuseá-las corretamente. Se o seu filho permanece sozinho em casa ocasionalmente, é indispensável que saiba manter a porta bem fechada e que consiga abri-la em caso de emergência. Verifique que o faz sem dificuldade, pois isso pode ser determinante em situações críticas.
5. Contactos de emergência: em caso de urgência, como necessidade de contactar os serviços de emergência, a criança deve estar preparada para agir. Disponibilize os números essenciais num local visível e de fácil acesso, por exemplo, gravados no telefone fixo e afixados no frigorífico. É igualmente importante que saiba utilizá-los corretamente.
Embora os pais estejam atentos à segurança dos filhos, o controlo é limitado quando estes ficam sozinhos. Por isso, é desaconselhável deixar crianças muito pequenas sem supervisão, ao poderem não reconhecer os perigos à sua volta.
Só permita que o seu filho fique sozinho em casa quando tiver plena confiança na sua capacidade de lidar com imprevistos e demonstrar responsabilidade.
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